Carta do candidato Guerreiro

Prezado (a) colega,

No próximo dia 1º de outubro (segunda-feira) serão escolhidos os novos

membros do Conselho Superior do Ministério Público Estadual. Decidi

submeter meu nome à sua apreciação para integrar a nova composição do

Conselho ante a certeza que a renovação e o compromisso com a democracia

devem nortear as práticas e métodos de atuação do Ministério Público.


Numa sociedade aonde a meritocracia vem sendo substituída, de forma

bastante agressiva, pelo sistema de promoção em que prevalecem interesses

pessoais e/ou políticos, é relevante buscar, entre nossos colegas

comprometidos com o fortalecimento do Parquet maranhense, o apoio para a

consolidação de um projeto que visa privilegiar a promoção por

merecimento, fazendo valer os critérios adotados pelo art. 3º da Resolução

nº 02, de novembro/2005 do CNMP, quais sejam: o desempenho, produtividade

e presteza nas manifestações processuais; o número de vezes em que já

tenha participado de listas; a freqüência e o aproveitamento em cursos

oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento, atribuindo-se respectiva

gradação, observados, para efeito de participação nesses cursos, critérios

de isonomia e razoabilidade, respeitado sempre o interesse público.

Acrescento um que, a meu ver, é o mais relevante: o comprometimento do

membro do Ministério Público para com a sua Instituição.


A meritocracia proporciona maior justiça do que outros sistemas

hierárquicos, uma vez que as distinções não se dão por sexo ou raça, nem

por riqueza ou posição social, entre outros fatores biológicos, culturais

ou políticos. Isso enfraquece a possibilidade de iniqüidade na escolha nas

promoções da carreira dentro do Ministério Público do Estado do Maranhão.

Louve-se a possibilidade de, dado o elevado espírito de renovação da nossa

Instituição, apresentar propostas justas e objetivas, seguindo-se o que

vem norteando o processo de promoção e remoção dos membros do Ministério

Público de outros Estados. A Justiça dessas promoções e remoções por

merecimento, reclamada por muitos que se sentem injustiçados, deve ser a

bússola a orientar todas as decisões do Colegiado.


À pergunta sobre os motivos que me levaram a apresentar meu nome para

concorrer a uma vaga de conselheiro, respondo com as mesmas palavras do

meu recente discurso de posse como Procurador de Justiça: Passados 20 anos

do meu ingresso no Parquet estadual, ainda tenho a mesma vontade de

promover Justiça que tanto me motivou buscar essa carreira

pública.


Carreira que construí dentro do Ministério Público sem nenhum

óbice. Exerci funções de relevância. Em 7 de março de 1987, assumi a

comarca de Vitorino Freire, integrada, à época, por seis termos: a sede,

Olho D’Água das Cunhãs, Pio XII, Altamira, Paulo Ramos e Lago da Pedra.

Segui, depois, para a Promotoria de Justiça da Comarca de Barra do Corda;

em 1990, a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caxias; em 1992, a 11ª

Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de São Luís, oficiando junto a

extinta 2ª Vara de Entorpecentes e Habeas Corpus, além dos cargos

administrativos de Assessor Especial do então Procurador-Geral Raimundo

Nonato de Carvalho Filho e Diretor-Geral da Procuradoria Geral de Justiça,

na gestão do então Procurador-Geral Suvamy Vivekananda Meireles, sempre

movido pelo senso de responsabilidade e com a austeridade que caracterizam

o trabalho do Ministério Público.


É, pois, na defesa intransigente da implementação de uma política

definitiva de progressão funcional baseada no efetivo mérito que, em sua

essência, se sustenta no comprometimento do membro do Parquet para com a

Instituição, que peço o seu voto para membro do Conselho Superior do

Ministério Público do Estado do Maranhão.


De já agradeço sua confiança, na firme convicção de que saberei honrá-la.

Marco Antônio Guerreiro

Procurador de Justiça