Carta da candidata Rita

Prezado (a) colega,

Tendo em vista a eleição para o Conselho Superior do Ministério

Público, que ocorrerá no próximo dia 01 de outubro, quando todos os

integrantes da classe em atividade escolherão, pelo voto direto e

secreto, 05 (cinco) conselheiros para um mandato de dois anos, faço

uso desta mensagem para comunicar-lhe a minha candidatura a uma das

vagas do colegiado.


Cheguei ao Colégio de Procuradores no dia 13 de setembro de 2006,

acumulando a experiência adquirida ao longo da carreira que, em 06 de

agosto de 2007, completou 17 anos (segue, em anexo, currículo

abreviado da folha de serviços prestados ao Ministério Público,

dirigida especialmente para os poucos colegas que não me conhecem).


Pedindo respeitosamente o seu voto, deixo claro que, se eleita

for, minha atuação será voltada para o estabelecimento de

mecanismos, procedimentos e rotinas que levem a Instituição a

um elevado patamar de eficiência funcional e, portanto, de

profissionalização.


Almejo contribuir para que o Conselho Superior exerça seu importante

papel na construção de uma doutrina de Ministério Público, como órgão

da Administração Superior e, portanto, foro de debates acerca de temas

jurídicos em geral e institucionais em especial, incumbindo-lhe, por

exemplo, expedir recomendações aos órgãos de execução do Ministério

Público, objetivando a adoção de um proceder mais uniforme, guardados

os limites da independência funcional dos seus membros e considerando

ainda que os Promotores de Justiça das entrâncias iniciais - de onde

viemos nós, hoje Procuradores de Justiça-, são os verdadeiros clínicos

gerais.


Reitero o ânimo que me move a envidar esforços para que os órgãos

máximos da Administração Superior do Ministério Público, o mantenham

sólido e elevem-no cada vez mais no conceito da sociedade e, no caso

específico do Conselho, o faça por meio de uma política institucional

com critérios bem definidos, orientados pelo senso comum de justiça,

no qual o conceito de merecimento seja aferido por meio de critérios

objetivos, meramente institucionais.


Cabe ao Conselho Superior, por exemplo, escolher a lista tríplice para

promoção e remoção por merecimento; decidir sobre promoção e remoção

por antiguidade; aprovar pedidos de remoção por permuta; dispor sobre

o concurso de ingresso na carreira; decidir sobre o vitaliciamento dos

Promotores de Justiça, bem como sobre a sua disponibilidade e a sua

remoção por motivo de interesse público; elaborar listas sêxtuplas

para a composição do quinto constitucional dos Tribunais Regionais

Federais, do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do

Estado; autorizar o afastamento de membro do Ministério Público para

freqüência a curso ou seminário de aperfeiçoamento etc. e, quando o

faz dita a política institucional interna, com critérios bem

definidos.


Quem me conhece pode dizer do compromisso que tenho com o Ministério

Público e as causas da Justiça, bem como acerca da minha

independência, pois ainda quando assessorei três Procuradores-Gerais

de Justiça, integrei três Diretorias da AMPEM e dois de seus

Departamentos (na condição de Diretora do Departamento Cultural criei

o Prêmio-AMPEM/Parecer do Ministério Público, hoje Prêmio “Márcia

Sandes”), sempre tive postura autônoma, de todos conhecida e jamais me

fiz refém dos colegas com quem trabalhei.


Desejo ressaltar, para quem interessar possa, que tendo conhecimento

da existência de apontamentos nominados ‘agenda positiva’, através de

contatos comigo mantidos por alguns colegas responsáveis pela

elaboração desse documento e/ou simpatizantes do quanto nele contido,

tentei assiná-lo, mas não pude concretizar tal intento, por razões

alheias a minha vontade.


Registro ainda que tenho como firme propósito continuar envidando

esforços para evitar a frustração de tantos quantos, como eu, anseiam

por posturas firmes dos órgãos máximos do Ministério Público,

motivada pelo desejo de contribuir para a vitalidade da Instituição e

pela consciência de que reúno as condições e os requisitos para, como

conselheira, me desincumbir de referida tarefa.


Finalizo me colocando à disposição para contato pessoal com todos,

especialmente os que não me conhecem e pretendem discutir

comigo o papel do Conselho Superior, trocar idéias e/ou buscar

esclarecimentos sobre o que farei se vier a integrar tão importante

colegiado.


Rita de Cassia Maia Baptista Moreira

Procuradora de Justiça/ 3227-3235/3235-2757/8138-4695

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